Quanto custam os projetos de arquitetura e engenharia?
Deontológicamente, não é permitido a promoção de serviços com base no preço. Como podemos então responder a esta questão? Falaremos do que não deve custar um projeto.
A concorrência é muita, em especial no campo da arquitetura. A quantidade de profissionais nos anos 90 do séc. passado eram poucos.
A partir da segunda metade da década, começaram a proliferar cursos de arquitetura, em especial nas universidades privadas.
Assistimos assim a uma saturação do mercado e uma concorrência agressiva, com base no preço e pouco com a qualidade.
Que preços comprometem a qualidade?
Não é fácil responder a esta questão, pois depende da dimensão dos projetos e do nível de detalhe.
Podemos fazer uma comparação em relação ao custo estimado de obra, e a percentagem no custo dos projetos.
Se olharmos apenas para projetos de licenciamento, ou seja, os estritamente necessários para que possa começar a construir, preços abaixo de 1,5% do valor estimado de obra poderão corresponder a projetos de qualidade inferior.
Caso estejamos a considerar projetos que vão além do licenciamento, com toda uma definição ao detalhe para execução de obra, um valor abaixo dos 3% poderá comprometer.
Quais são as consequências de um projeto barato?
Os projetos abaixo do preço de mercado, e que se traduzam em qualidade inferior, podem trazer alguns dissabores.
Poderão corresponder a projetos com definição insuficiente a nível legal, o que gerará atrasos nos licenciamentos; falta de pormenorização para a construção, que irá trazer problemas em obra.
A falta de qualidade arquitetónica é outra das consequências, principalmente porque o preço baixo não permite que o profissional se envolva e estude as mehores opções para os clientes.